A Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal de Rolândia (27 km de Londrina) marcou para a o dia 24 de janeiro o julgamento do prefeito Johnny Lehmann (PTB). Na noite dessa segunda-feira (13) ele prestou depoimento aos vereadores sobre possíveis irregularidades em contratos de servidores para o Hospital San Rafael.
Agora o prefeito terá cinco dias para apresentar defesa por escrito. Com base no documento e nas apurações, os integrantes da comissão irão apresentar aos demais parlamentares o relatório final da investigação. De acordo com o presidente da CP, vereador José de Paula Martins (PSB), a intenção é garantir que todos tenham acesso a papelada até o dia 22.
Lehmann pode ter o mandato cassado com um terço dos votos. São 10 vereadores no Legislativo de Rolândia, ou seja, caso sejam sete votos a favor da CP ele perde o cargo municipal. Em 2013, uma Comissão Especial analisou o caso e indicou ilegalidade no convênio com o hospital, que viabilizou a contratação de servidores terceirizados para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Samu. Pelo menos R$ 28 milhões teriam sido desviados ilegalmente com os contratos e superfaturamento de ambulâcias.
Segundo Martins, a irregularidade vem sendo mantida desde 2004, por meio de prorrogações. "Ele informou, durante o depoimento, que foi obrigado a fazer o convênio para não deixar o hospital parar. Mas não poderia ter feito dessa forma, somente com concurso público", apontou o vereador, que ainda citou o alerta do Tribunal de Contas para a realização do concurso público. "A lei diz que o contrato temporário só é válido para temporário e não de data prolongada", comentou.
A CP é composta por Martins e também pelos vereadores Alex Santana (PSB) na relatoria e Waldemar Moraes de Almeida (PSDB) como membro. O grupo foi criado no final de outubro após denúncia feita por uma eleitora.
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