O posto da Polícia Militar Ambiental em São Sebastião da Amoreira, no norte do Paraná, pode ser fechado nos próximos dias.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) emitiu uma recomendação administrativa, na segunda-feira (17), direcionada aos comandos da Polícia Militar e da Polícia Ambiental para que deixem de manter a estrutura que, segundo as investigações, foi construída ilegalmente.
Os comandos têm dez dias para se manifestar. Conforme o MP-PR, caso a recomendação não seja cumprida, outras medidas judiciais podem ser tomadas.
O MP-PR afirma que os policiais militares ambientais lotados no posto de São Sebastião da Amoreira recebiam vantagens indevidas para, além de garantir a segurança, também permitir a realização de crimes ambientais.
Posto irregular
O posto da Polícia Militar Ambiental de São Sebastião da Amoreira fica na PR-218 e foi construído dentro de uma propriedade de um dos investigados, na Fazenda Cachoeira.
As investigações do MP-PR detalham que o posto foi ativado em uma área da fazenda em 2012 sem a realização de estudos ou pareceres estratégicos que justificassem a instalação do pelotão no local.
A promotoria também alega que os militares investigados foram lotado no pelotão da Polícia Ambiental de São Sebastião da Amoreira desde 2012 para favorecer o grupo e interesses particulares de cada membro.
Na recomendação, o MP-PR afirma que não há interesse público para que o posto continue funcionando.
A cidade de São Sebastião da Amoreira não está localizada em uma área natural protegida, não há unidade de conservação que justifique a continuidade das atividades do posto.
A recomendação pontua que a cobertura vegetal nativa foi degradada, existindo apenas atividades agropecuárias na região.
O MP-PR também justifica na recomendação que outras regiões do Paraná, onde existem importantes unidades de conservação, áreas de mata nativa conservadas, não têm postos da Polícia Ambiental.
Enquanto a desativação não ocorre, o MP-PR recomendou que apenas um policial militar fique de plantão no posto até a entrega do imóvel ser feita de forma legal.
FONTE: g1.globo.com/pr