Um instalador de elevadores de Curitiba, no Paraná, foi preso por engano em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, e só foi solto esta semana, depois de 15 dias detido. Ele foi detido na rodoviária no começo de fevereiro quando embarcava a mulher de volta para a capital. Rodrigo da Silva Costa tem o mesmo nome de um suspeito com mandado de prisão expedido no Pará. Além disso, a mãe dos dois também tem o mesmo nome, o que reforçou a confusão.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná disse que a Polícia Civil vai investigar o caso e apurar as responsabilidades.
Ao ser abordado por dois policiais, Costa apresentou os documentos. “Um dos policiais me perguntou como era o meu nome. Respondi: Rodrigo da Silva Costa. Ele continuou e quis saber o nome da minha mãe. Maria do Carmo da Silva Costa, falei. E ele disse: ‘Tá batendo tudo certo!’. E me algemaram”, lembra.
Segundo o instalador, o suspeito é do Pará e ele é nascido no Piauí. “Um no norte e outro no nordeste do país. Além disso, ele tem 23 anos e eu completei 21”, observa.
Depois de três dias preso na delegacia da Polícia Civil, Costa foi encaminhado com outros detidos para a Cadeia Pública Laudemir Neves, onde ficou mais 12 dias.
Os advogados contratados pela esposa dele passaram este tempo tentando provar que ele não era a mesma pessoa citada no mandado de prisão. “Ele nunca teve passagem pela polícia, nem pelo judiciário. Já o Rodrigo criminoso, vulgo ‘Camarão’, responde vários processos, entre eles por furto, roubo e homicídio. Ele é procurado, mas parece que já está até morto”, comentou o advogado André Habitzreuter.
Para que ele deixasse a cadeia e provar a sua inocência, os advogados entraram com pedidos de habeas corpus em Foz do Iguaçu, no Piauí e no estado do Pará, que determinou a soltura de Rodrigo por se tratar de pessoas diferentes. “Nos dias de hoje, não pode acontecer uma ilegalidade dessas, de um inocente ser preso no lugar de um culpado. Por isso, vamos processar o estado do Paraná”, reforçou o defensor.
“O pior foi ficar trancado sem dever. Fiquei esses quinze dias numa cela fechada. Quando saí para falar com o advogado, minhas pernas estavam até duras”, conta Rodrigo sobre a experiência ruim e que pretende esquecer.
G1.PARANA
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