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quarta-feira, 23 de maio de 2018

2 milhões de frangos deixam de ser abatidos no Paraná, por conta da paralisação dos caminhoneiros

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Dois milhões de frangos deixaram de ser abatidos no oeste do Paraná nesta quarta-feira (23), segundo a Associação das Cooperativas Industriais da região (Cotriguaçu). Em todo o país, o corte chega a 20 milhões de frangos, o equivalente à metade da produção diária, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal.
A suspensão das atividades em 11 frigoríficos da região, a maior produtora do estado, é resultado da mobilização nacional dos caminhoneiros contra os aumentos do preço do óleo diesel, iniciada na segunda-feira (21).
Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador nacional de frangos, responsável por 35% das vendas do produto para mais de 160 países em todo o mundo.
Também no oeste, 20 mil funcionários de oito cooperativas foram dispensados do trabalho a partir desta quarta.

"A preocupação é enorme. Nós estamos sem condições de estocar o produto processado. As câmaras estão lotadas e também não estão vindo conteineres vazios do porto. Não tendo onde colocar o produto, a única solução é parar o abate", comentou o presidente da cooperativa Lar, de Medianeira, Irineo da Costa Rodrigues.

Resultado de imagem para imagens de abate de frangosDe acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a previsão é a de que até o fim de semana outros frigoríficos e incubadoras paralisem as atividades por falta de matéria-prima ou de espaço para armazenar os pintainhos e os produtos já processados.
Com os caminhões parados, o transporte de grãos até as fábricas de ração não está sendo feito, afetando diretamente o envio de insumos para a alimentação das aves no campo.
Os produtores explicam ainda que os animais vivos também não estão podendo ser transferidos para os abatedouros. 
O mesmo acontece com o produto resfriado, que não pode ser transportado da indústria até os pontos de venda e exportação.
Para o presidente da entidade, Domingos Martins, o prejuízo financeiro é incalculável.

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