A Justiça determinou que o vereador de Astorga, no norte do Paraná, Maurício Juliani (DEM), seja afastado do cargo nesta segunda-feira (19). Conforme a decisão, Juliani não poderá exercer a atividade legislativa, frequentar a câmara e a prefeitura ou chegar perto de testemunhas do caso por 120 dias.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o presidente do Legislativo municipal José Carlos Paixão (PTB), Juliani e o assessor de comunicação da Casa, Fernando Gardin, ofereceram dinheiro e um cargo no Legislativo municipal para um homem que, com frequência, noticiava fatos irregulares realizados pela prefeitura ao MP-PR.
Charles Gasparino foi quem denunciou o caso. Ele faz parte de um grupo que fiscaliza a gestão pública em todo o país, acompanhando os trabalhos de prefeitos e vereadores.
No dia 13 de agosto, Gasparino compareceu a uma a reunião na Câmara e gravou toda a conversa. O presidente da Casa e o assessor foram presos em flagrante logo depois de entregarem dinheiro a Gasparino. A defesa dos investigados negam qualquer irregularidade. Juliani não foi preso porque não foi flagrado entregando dinheiro.
O promotor Lucilio de Held Junior explica que o pedido de afastamento e outras medidas cautelares foram solicitadas porque há provas que indicam que Maurício Juliani foi quem intermediou o encontro com Charles Gasparino e ofereceu dinheiro para ele parar de realizar denúncias contra a administração municipal.
O promotor esclareceu que na conversa com Paixão e o assessor, Mauricio Juliani não estava porque tinha saído buscar o restante do dinheiro que faltava para completar o combinado.
Recomendação para cassação
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) emitiu uma recomendação para que que vice-presidente da Câmara Municipal de Astorga abra processo de cassação contra vereadores investigados. Após o presidente da Casa ser preso e afastado do cargo, o vice-presidente da Câmara assumiu a função.
DO g1.globo.com/pr
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