O Ministério Público do Paraná (MP-PR) realiza, na manhã desta quarta-feira (25/10/23), uma operação em endereços ligados ao deputado estadual Ricardo Arruda (PL) para investigar crimes contra a administração pública, como rachadinha.
Segundo o MP, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Curitiba e nas cidades paulistas de Espírito Santo do Pinhal e São Paulo. Um dos endereços alvo da operação foi o gabinete do parlamentar, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Conforme o MP, Arruda é suspeito de exigir o compartilhamento de salários de assessores e de dissimular a origem ilícita do dinheiro. A investigação é conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (Subjur).
Em nota, a defesa do deputado disse que a operação fez “uma busca desnecessária, decorrente de uma investigação de 2020, já devidamente elucidada.”
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também integrou a operação desta quarta, em apoio, junto da Polícia Civil (PC-PR) e do MP de São Paulo.
O MP disse que a Alep colabora para elucidação da investigação. A reportagem aguarda retorno Assembleia Legislativa para comentar a operação.
O caso tramita em segredo de justiça.
Deputado também é investigado por tráfico de influência
Em março deste ano, revelaram que o deputado Arruda é investigado pelo MP-PR por tráfico de influência. A denúncia é de 2020, entretanto, se tornou pública após queda de sigilo neste ano.
Arruda foi denunciado pelo órgão por suspeita de receber quase meio milhão de reais para influenciar o avanço de pedidos de terceiros junto ao Governo do Paraná e ao Judiciário.
Na época, ele falou que a denúncia não tinha provas e fez acusações contra assessores.
O que diz a defesa de Arruda
“Uma busca desnecessária, decorrente de uma investigação de 2020, já devidamente elucidada. Tudo já havia sido esclarecido, com comprovação testemunhal e documental, inclusive. Buscaremos entender o real motivo dessa busca. E afirmamos não haver elementos à justificar extremada medida.
Equivocadamente, e sem justificativa, apreenderam armas na residência do Deputado, com registro válido e devidamente recadastradas no SINARM [Sistema Nacional de Armas].
A informação dada é de que não estavam encontrando no sistema, embora tenhamos apresentado o protocolo do recadastramento. Tudo está sendo esclarecido.”
Fonte: G1 PR
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