Bibinho, Nassif, Marques da Silva e Leal de Matos e mais seis pessoas foram presas na Operação Ectoplasma 1, que investiga desvio de recursos públicos através da contratação de funcionários fantasmas.
Duas pessoas foram soltas na mesma noite, a pedido do próprio Ministério Público, depois de prestar declarações aos promotores. As outras pessoas foram liberadas durante a semana.
A defesa de Bibinho informou que ingressará com pedido de habeas corpus no início da semana. Uma das possibilidades estudadas pela defesa é a apresentação de uma petição para que o processo seja remetido à Justiça Federal.
A defesa entende que a Súmula 122 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 1994, determina que compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado de crimes conexos de competência federal e estadual.
Denunciado
A Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público protocolou denúncia contra o ex-deputado Luiz Carlos Zuk por peculato (apropriação ou desvio de valores feito por funcionário público).
Zuk é acusado de contratar 16 funcionários “fantasmas”, no período de 1999 a 2002. De acordo com a Promotoria, o total do desvio chega R$ 1,39 milhão (valores atualizados apenas com a correção monetária). As investigações sobre Zuk começaram em 2008.
O Ministério Público Estadual (MPE) informou que, nos depoimentos prestados à Promotoria, as pessoas afirmaram que não trabalhavam na Assembleia Legislativa no período dos pagamentos.
Segundo as apurações, as verbas referentes aos salários dos “assessores parlamentares” eram depositadas em uma única conta, de titularidade de um assessor de Zuk, Miguel Arão Ribas Dropa (já falecido). Quase a totalidade do dinheiro era repassada para o então deputado, informou o MPE.
Algumas das pessoas que estavam na folha de pagamento declararam ao MPE que não forneceram seus dados ao deputado. Uma ex-servidora de Zuk está arrolada na investigação como a responsável pelo cadastramento de pessoas que procuravam o gabinete para pedir ajuda.
A pretexto de cadastrá-las para contato posterior, a ex-servidora coletava os dados pessoais. Duas das pessoas haviam trabalhado no gabinete do deputado, mas em outra legislatura, não no período em que constam os pagamentos irregulares.
Sábado, 1 de Maio de 2010 –
FONTE BLOG FABIO CAMPANA
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