Um homem suspeito de ser integrante de um grupo investigado na Operação Recidiva, que combate crimes envolvendo a Previdência Social, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (12), em Londrina, no norte do Paraná. Na casa dele foram apreendidos R$ 190 mil.
Essa é a segunda fase da operação que investiga um esquema de fornecimento de atestados médicos ideologicamente falsos para dar rapidez na autorização e pagamentos de auxílio doença por incapacidade pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
O esquema, descoberto em abril de 2019, funcionava baseado em uma Ação Civil Pública que determinou o pagamento automático de benefícios de auxílio doença por incapacidade com base em atestado médico particular caso a realização da perícia do INSS demorasse mais de 45 dias.
Segundo a Polícia Federal (PF), três escritórios de advocacia e uma clínica médica participavam do esquema que, segundo as investigações, causaram um prejuízo de R$ 5 milhões ao órgão federal. Oito pessoas são investigadas.
Segunda Fase
Esta etapa foi deflagrada depois dos agentes analisarem o material apreendido em abril de 2019 e descobrirem que um dos investigados mantinha dinheiro arrecadado escondido em casa. Esse valor foi recebido pelo esquema criminoso.
A Polícia Federal explicou que os valores estavam escondidos no fundo falso de um armário da cozinha, o local foi preparado para esconder dinheiro na casa. Ninguém foi preso.
"Logo que deflagramos a operação a prática desse crime foi cessada, mas identificamos esse dinheiro escondido", explicou o delegado Felipe Bazzo.
No acordo criminoso, os escritórios de advocacia e a clínica médica recebiam 30% do valor total que seria passado ao beneficiário pelo INSS.
"Todos tinham consciência que a doença não existia e mesmo assim tiravam proveito de uma Ação Civil Pública que foi pensada para facilitar a vida de pessoas que precisam receber o benefício", concluiu o delegado da PF.
O inquérito sobre essa investigação ainda não foi concluído, no entanto o delegado da PF adiantou que os investigados e as pessoas que receberam o benefício irregularmente devem responder pelo crime de estelionato previdenciário.
DO g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia
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