Dila diz que respeita direito de vereador ser novo prefeito..."SITE REVELIA ENTREVISTOU A EX PREFEITA INTERINA DILA.

Ao deixar o cargo de prefeito, a vereadora Adelina Rogério da Silva Anésio volta a ocupar sua cadeira na Câmara Municipal de São Sebastião da Amoreira.
Em sua avaliação, a renúncia à chefia do Poder Executivo acontece devido ao respeito ao direito de vereadores de sua cidade de ser eleito presidente da Casa e, finalmente, empossado como o novo prefeito do município.
Dila afirma também que, qualquer briga na Justiça para que se mantivesse no cargo, poderia trazer ainda mais confusão na cabeça da população de São Sebastião da Amoreira.
A cidade já aguarda o desfecho do resultado das eleições de outubro de 2008. Escolhido nas urnas, o prefeito eleito Adevilson Lourenço de Gouveia acabou não assumindo devido a pendências judiciais. Em seu lugar, a partir de 1º de janeiro de 2009, havia assumido a então presidente da Câmara de Vereadores, Adelina Rogério da Silva Anésio.
Sobre os dois anos à frente do Poder Executivo, ela revela que deixa a prefeitura sem ter sofrido processo administrativo algum, “por improbidade administrativa ou abuso do poder público”.
Durante a gestão Dila, o município de Amoreira teria feito o pagamento ainda de mais de R$ 1 milhão de dívidas com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e outro R$ 1 milhão em precatórios, referente a débitos de gestões a partir de 2001.
A seguir principais trechos de entrevista concedida pela ex-prefeita de São Sebastião da Amoreira, na tarde desta quinta-feira:
Revelia: O que representou esses dois anos à frente da prefeitura de São Sebastião da Amoreira?
Adelina Rogério da Silva Anésio: Para mim, foi uma experiência muito importante, porque tive a oportunidade de administrar o município com coerência, transparência, dignidade e responsabilidade para com o povo de São Sebastião da Amoreira.

Revelia: Quais as principais conquistas do município nesses dois anos?

Dila: As obras de mais importância são a Biblioteca Cidadã, o Centro de Referência de Assistência (Cras), posto de saúde, compra de um alqueire para construção de 30 casas, a partir de janeiro. Tem ainda leilão de 60 lotes para pessoas que querem construir sua morada por conta própria e através de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF).

Revelia: Historicamente a população de sua cidade tem reclamado das condições do asfalto de sua cidade, o que tem sido feito em relação a isso?

Dila: Temos convênios para recape asfáltico, quase em fase de conclusão no Alvorada. Também já está iniciando o recape com recursos do governo estadual, no valor de
R$ 255 mil, e do governo federal há outros R$ 245 mil. Operação tapa-buraco está quase terminando na cidade.

Revelia: Na área da Saúde o que avançou na administração da prefeita Dila?

Dila: Deixei a prefeitura, mas está ficando estoque de medicamento, que nunca antes teve no posto de saúde, e até alguns que nunca foi comprado. Agora nós compramos e está ficando para o povo. Outro projeto é o convênio para reforma do Hospital Municipal no valor de R$ 300 mil, liberado pelo deputado federal Chico da Princesa.

Revelia: Que outras obras a cidade ainda ganhou durante os dois anos de seu mandato como prefeita?

Dila: Há convênio de R$ 150 mil para reforma da Prainha (o Centro de Eventos). Na nossa administração houve ainda a reforma total da frota de veículos, dois ônibus para a Educação, duas Kombi para a creche e Apae, um veículo Corsa para a administração municipal.
Compramos ainda uma van, que chega nos próximos dias, para atendimento de hemodiálise em Cornélio próprio; e ainda dois caminhões: um caçamba para atendimento do município e outro veículo para atende aos pequenos agricultores. As estradas rurais do município ganha também a compra de uma motoniveladora.
Estamos pleiteando R$ 100 mil para a Apae, conforme projeto já apresentado pelo deputado federal Alex Canziani. Com uma verba de R$ 71 mil, São Sebastião da Amoreira terá sua primeira sinalização desde a fundação do município, que tem 58 anos.

Revelia: Qual a principal marca da administração Adelina Rogério da Silva Anésio?

Dila: Nosso mandato priorizou Saúde e Educação, e o mais importante que a administração foi com a participação do povo.

Revelia: A partir da eleição da Câmara de Vereadores em 18 de dezembro deve ser eleito o novo presidente e o futuro prefeito da cidade. Qual a expectativa da senhora em relação a esse processo eleitoral?

Dila: A expectativa é boa, porque temos, por enquanto, chapa única, com Luiz Fernandes, presidente, e Dila, vice.

Revelia: Ao invés de brigar na Justiça, porque a senhora decidiu abrir mão do cargo de prefeito inclusive com antecedência?

Dila: Meu posicionamento frente à renúncia do cargo de prefeito foi uma decisão por conta própria, valorizando os companheiros que, terminando os dois anos de mandato, teria o direito ser o novo presidente e novo chefe do Poder Executivo.
Renunciei então por respeito aos demais companheiros, respeitando o direito deles. Mas não renunciei ao carinho, respeito e responsabilidade para com o povo de são Sebastião da Amoreira.
Na prefeitura ou na Câmara de Vereadores, não terá diferença com o povo, porque eu vou i caminhar junto, passo a passo, como sempre foi. A Dila não diz adeus à administração municipal, e sim até logo, até breve.

Revelia: Com esse discurso, a senhora quer dizer que será candidata nas eleições municipais de 2012?

Dila: Meu destino político, como tudo que me aconteceu comigo, acontece. Nunca me preparei. Por isso, meu destino político está nas mãos de Deus e do povo de São Sebastião da Amoreira. Eles que vão decidir meu destino político.

Revelia: Ao voltar à Câmara de Vereadores após a experiência de ter sido prefeito, o que muda em sua atuação ocupando uma cadeira no Poder Legislativo?

Dila: Ao chegar à prefeitura, eu tinha certa experiência já de presidente de vereadora e presidente de Câmara. Mas é certo que indo ao Executivo a agilidade e determinação diante da administração pública tem que ser muito mais cautelosa.
E assim eu saio de cabeça erguida, porque assumi a prefeitura com muita dificuldade para administrar o município que estava em crise. O município não possuía certidões, estava sem credito. Com essa administração de dois anos, conseguiu resgatar o credito para a prefeitura, toadas as certidões. Agora é só dar seqüência.