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segunda-feira, 14 de março de 2022

Paraná se destaca na produção e consumo de alimentos orgânicos


Uma pesquisa do Departamento de Economia Rural do estado mostrou que, nas feiras do Paraná, os orgânicos estão, em média, 30% mais caros que os alimentos convencionais.

O tomate está entre os orgânicos mais procurados e também entre os produtos com maior diferença em relação aos convencionais. Enquanto o preço médio do tomate convencional foi de R$ 4,36, o orgânico foi de R$ 7,12.





"Os consumidores querem tomate o ano inteiro, não vai pela sazonalidade e aqui na região a gente só consegue produzir no verão, daí tem que vir de fora. E esse tomate que vem de fora, na entressafra, vem num preço muito elevado. E quem traz são intermediários e tem mais um elo nessa corrente para encarecer", avalia o engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Julio Carlos Veiga Silva.



São vários os fatores que deixam os produtos mais caros. O agricultor que escolhe plantar orgânicos precisa seguir algumas regras, a principal delas é não usar nenhum tipo e agrotóxico ou adubo químico.

"Uma coisa que encarece o produto orgânico é que ele exige mais mão de obra. Por exemplo, no convencional, quando tem um mato, uma erva daninha, você pode usar um herbicida e é muito rápido para controlar. No orgânico não, é tudo manual. Isso existe mais mão de obra. E na agricultura familiar, normalmente, está envolvida a família como um todo. Tem nesse envolvimento, de repente, um custo menor", explica Julio Carlos Veiga Silva.




Daniele Comarella é presidente da Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia, que existe há vinte e cinco anos, e trabalha com a certificação participativa de agricultores de orgânicos. Ela conta que, nessa modalidade, grupos de produtores fazem visitas a propriedades todos os meses para avaliar as práticas adotadas e para compartilhar conhecimento.

Atualmente, o Paraná tem três mil e oitocentos agricultores orgânicos certificados, o que representa cerca de 1,5% do total de produtores do estado. Mas, na região metropolitana de Curitiba essa fatia é maior: chega a 7%. 


FONTE: G1 PR

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